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Ministro da Agricultura diz ser vítima de ‘campanha orquestrada’

 

Último Segundo
Wagner Rossi rebate denúncias publicadas na revista Veja de que teria pedido propina de R$ 2 milhões em licitação na pasta.
Wagner Rossi é afilhado político do vice-presidente, Michel Temer
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, rebateu neste sábado, por meio de nota, reportagem da Revista Veja que traz denúncia de ele que teria pedido propina de R$ 2 milhões em licitação para contratar um serviço de comunicação na pasta. Na nota, assinada pelo próprio ministro, Rossi diz que a denúncia “foi lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade” e que “fere a lógica e o bom senso”.
Segundo a reportagem da revista, em dezembro do ano passado, um dos representantes das empresas concorrentes disse que já havia acertado um “pagamento de R$ 2 milhões ao oitavo andar” durante reunião da Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura. “Nem o valor da licitação, que foi anulada por erro de quem estaria fazendo as denúncias agora, é destacado pela revista”, criticou o ministro, que garante que a previsão orçamentária para a licitação foi, na verdade, de R$ 2,9 milhões.
Na nota, Rossi disse ainda que as denúncias se baseiam “na declaração de um funcionário que perdeu a função pública por uma ilegalidade cometida e admitida por ele mesmo”. O ministro se referia ao ex-presidente da Comissão de Licitações do ministério Israel Leonardo Batista.
Rossi informou também que recorrerá à Justiça para pedir direito de resposta. “Essa é mais uma campanha orquestrada com interesses políticos. Não querem apenas desconstruir minha credibilidade ou acabar com minha imagem, mas destruir a aliança política vitoriosa nas urnas em outubro do ano passado. As acusações são levianas”, concluiu.
Evolução patrimonial
Em relação às acusações da revista sobre sua evolução patrimonial, o ministro Wagner Rossi afirmou que trabalhou “durante os últimos 50 anos em diferentes empregos e empreendimentos”. Ele alegou que parte do patrimônio da família vem de herança deixada pela ex-mulher Liliana Tenuto Rossi, que morreu há 17 anos. “Naquela ocasião, entendi que deveria destinar a meus filhos o patrimônio integral da família (…) Meu patrimônio pessoal é inferior a R$ 1 milhão”.
Rossi se defendeu também das acusações de que teria pagado dívida de empresas à Previdência na época em que presidiu a Codesp (Companhia Docas de São Paulo), entre 1999 e 2000. Segundo ele, a questão foi alvo de processo judicial arquivado.
Sobre as denúncias de que não teria tomado providências ao ser informado que doação de feijão feita pela Conab, da qual foi diretor, seria usada como moeda eleitoral em João Pessoa, Rossi disse que foi instaurada uma sindicância no órgão “para apurar a denúncia, considerada vazia ao final da investigação”.

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