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Conselho de Ética do Senado abre processo disciplinar contra Demóstenes Torres


Estadão
Advogado havia pedido mais dez dias para preparar a defesa do parlamentar, o que foi negado.
O Conselho de Ética do Senado aprovou nesta terça-feira, 8, por unanimidade, a abertura de processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Foram 15 votos favoráveis à abertura do processo.
Antes, o colegiado havia negado o pedido do advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, para ampliar em dez dias o prazo para preparar a defesa do parlamentar. Castro, conhecido como Kakay, havia feito o pedido no início da sessão desta terça e não descartou a possibilidade de recorrer ao Judiciário para garantir esse direito. A abertura do processo é o primeiro passo para o início do processo de cassação do mandato do senador, cujas relações com Cachoeira foram reveladas pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) com o pedido recebeu o respaldo de todos os conselheiros.
Pedido negado
Na reunião do Conselho de Ética na última quinta, Kakay já havia feito o pedido de mais prazo para a defesa do senador, o que foi negado. Ao chegar para a reunião do colegiado na manhã desta terça, o advogado voltou a sustentar que o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE), favorável à abertura de processo contra Demóstenes Torres, aponta fatos novos, ausentes na representação feita pelo PSOL.
“O primeiro direito de um acusado é ser bem defendido. Fomos surpreendidos com um relatório que traz coisas absolutamente diferentes da representação protocolada pelo PSOL. O relatório diz, por exemplo, que meu cliente teria faltado a uma reunião de comissão em que se votaria uma matéria contra o jogo. Acontece que ele estava na ONU, exatamente representando o Senado”, argumentou o advogado.
A reunião para votação do relatório de Humberto Costa começou por volta das 10 horas desta terça. No texto, apresentado na semana passada, o petista recomenda a admissibilidade da representação do PSOL e aponta indícios de quebra de decoro parlamentar e de “práticas contrárias à ética” por parte de Demóstenes.

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