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Crianças brasileiras são as mais precoces no uso de redes sociais

Band | METRO
Pesquisa mostra que, aos 9 anos, meninos e meninas do país já têm perfis em sites de relacionamento. Nos EUA, média é de 12 anos.
Os brasileiros são os primeiros a entrar em redes sociais. Segundo pesquisa divulgada ontem pela empresa de segurança Trend Micro, em média, o brasileiro começa a ter perfis nos sites com 9 anos. Nos EUA, a média é de 12 anos (veja quadro abaixo).
A explicação para a entrada precoce dos brasileiros nos sites de relacionamento pode estar na permissividade dos pais: 63% dos entrevistados dizem que permitem que seus filhos usem as redes sociais, a maior parcela entre os sete países que participaram da pesquisa. No Japão, só 13% deixam os filhos criarem contas nesses sites.
Para Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, os pais devem acompanhar os filhos. “Têm de estar junto para alertar sobre os perigos. Na vida real, falam para os filhos não conversarem com estranhos. Na internet, não ensinam nada, mas deveriam, pois as pessoas são as mesmas.”
Na visão da psicóloga, o uso precoce dos sites está ligado ao comportamento do brasileiro. “Temos uma cultura mais social que as outras, a gente incentiva a vida social das pessoas. Isso começa desde cedo.” Luciana diz que o uso dos sites não representa necessariamente um risco para a criança. “Se ela tem realmente uma rede de pessoas que conhece, não há problemas. Mas fica complicado se ela entrar no site para conhecer pessoas estranhas.”
De acordo com o levantamento, que ouviu 1.419 pais, o brasileiro também é o que mais fiscaliza os filhos na web: 38% disseram checar diariamente o perfil dos filhos nas redes sociais, parcela superior à dos outros países.

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