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GM abre programa de demissão voluntária em unidade paulista de São José dos Campos

Terra
Sindicato diz que não há justificativa para corte dos postos de trabalho.
A GM anunciou nesta terça-feira a abertura do Programa de Demissão Voluntária (PDV) na fábrica de São José dos Campos, segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e da própria montadora. A medida é destinada tanto aos empregados mensalistas (da parte administrativa) quanto aos horistas (da linha de produção).
O número de trabalhadores que deverão se desligar da empresa não foi informado. De acordo com a GM, as razões da decisão “são baseadas na intensa competitividade do mercado brasileiro de automóveis, além dos crescentes custos de mão de obra, matérias primas e insumos em geral.” A empresa também afirma que há “uma concorrência assimétrica gerada, entre outros fatores, por uma guerra cambial”.
O sindicato afirma que a unidade em São José dos Campos possui cerca de 9 mil funcionários e produz os modelos Corsa, Meriva, Classic, Zafira, S10, Blazer e kits desmontados para exportação, além de motores e transmissões. Para entidade de classe, o PDV é desnecessário e não é justificado diante dos incentivos à indústria automotiva, como o aumento de IPI para os veículos importados e redução de IPI até 2016 para os produzidos no Brasil. “A linha de produção está mantendo seu ritmo, de 850 veículos por dia. Para se ter uma ideia, trabalhadores estão sendo chamados para fazer horas extras aos sábados”, afirma Vivaldo Moreira Araújo, presidente do sindicato.
Segundo o sindicato, em agosto, a GM colocou 300 trabalhadores em férias coletivas, em meio a campanha salarial dos metalúrgicos. Em setembro, os metalúrgicos da GM em São José dos Campos e São Caetano do Sul aceitaram proposta de reajuste salarial de 10,8%, com aumento real de 3,2%. Além disso, o acordo prevê abono de R$ 3 mil aos trabalhadores e ampliação de cláusulas sociais.

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