Wagner se reúne com líderes e acalma ânimos na Assembleia
Tribuna da Bahia
O impasse na Assembleia Legislativa em torno do polêmico corte no Orçamento e consequente necessidade de antecipação de suplementação orçamentária parece ter chegado ao fim. No entanto, as indicações para as comissões que tiveram que ser dissolvidas com a criação do PSD, cujo prazo era ontem, por conta da confirmação da ida da deputada Maria Luíza para a nova agremiação, acabou sendo adiada.A previsão é que até o final da semana os colegidos sejam devidamente formalizados e na próxima terça-feira o parlamento volte à normalidade. Enquanto isso, o presidente da Casa, Marcelo Nilo, viaja em companhia do governador Jaques Wagner, para a França, onde participam do Salon du Chocolat de Paris. O vice-presidente, Leur Lomanto Jr., assume interinamente.
Ao trasmitir o cargo, Nilo assegurou à Tribuna que está tudo sob controle e que a verba suspensa já foi paga. Apesar do clima aparentemente restabelecido, antes de embarcar, o governador fez questão de sentar-se à mesa com todos os líderes e vice-líderes da sua base e mandar seu recado. Durante o encontro, Wagner tranquilizou os deputados, mas deixou claro que questões de cunho institucional devem ser tratadas entre ele e a presidência e não devem ser estendidas para a base, de forma que atrapalhe o desempenho dos parlamentares.
Mais além, destacou que pressões de quaisquer natureza com ele não vão para frente. Vale lembrar que toda polêmica se instalou após o presidente suspender as verbas indenizatórias e auxílio combustível dos deputados e posteriormente pressionar pela liberação de uma suplementação orçamentária no valor de R$14,4 milhões para fechar o caixa anual, de imediato, quando a tradição é se fazer esse tipo de operação no final do exercício.
Conforme o comunista Álvaro Gomes, presente à reunião, toda situação referente a verbas foi equacionada, entretanto, sem nenhuma alteração no que diz respeito à suplementação. “A reunião foi muito produtiva. Tivemos a oportunidade de externar nossa preocupação e o governador esclareceu que tudo que prometeu será devidamente cumprido. No entanto, fez questão de chamar atenção que problemas de origem institucional devem ser resolvidos entre ele e a presidência e não devem ser misturados. Wagner reforçou ainda as dificuldades financeiras e que esse debate não foi feito da forma devida”.
O líder do governo, deputado Zé Neto (PT), que chegou a ser pressionado pelos pares, reafirmou que a reunião foi tranquila e que tudo está solucionado. Porém, segundo ele, o chefe petista colocou as coisas em seu devido lugar. “Ficou claro que essas coisas devem ser resolvidas internamente, sem precisar chegar aonde chegou. Todo ano temos situações como esta, mas são pendências que devem ser sanadas com tranquilidade e cautela, mas mesmo que alguns quisessem outros rumos, em nenhum momento perdi a tranquilidade”, disparou.
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