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“Ninguém é obrigado a ficar na TIM”, diz executivo sobre decisão “drástica” da Anatel


Info Online
Segundo Rogério Takayanagi, a operadora investe R$ 3 bilhões por ano para melhorar a qualidade do serviço, principalmente para segurar o cliente.
A TIM não é a pior operadora do País e não compreendeu os critérios da Anatel para chegar a essa conclusão, disse ontem presidente da TIM Fiber, Rogério Takayanagi, que falou em nome da TIM Brasil. Ele classificou como “drástica” a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de suspender as vendas de novas linhas da empresa em 18 Estados e no Distrito Federal a partir de segunda-feira.
Para o executivo, a competição entre as operadoras força a regulação do mercado. “A TIM, neste momento, é a única operadora que não tem nem fidelização, subsídio ou contrato para a pessoa ficar (na operadora). Então a pessoa só fica na TIM porque ela quer. Ninguém é obrigado a ficar na TIM”, afirmou o executivo.
Segundo ele, a operadora investe R$ 3 bilhões por ano para melhorar a qualidade do serviço, principalmente para segurar o cliente. “O cliente pode ir para outra operadora na hora que ele quiser.” O executivo reconheceu que há falhas na cobertura da TIM e atribuiu os problemas, principalmente, ao crescimento rápido do serviço. “Uma rede de celular em um País que cresce como o Brasil é normal que funcione hoje, mas aí, quando constroem um prédio do lado da sua casa ou um shopping novo, o volume de tráfego é maior. Obviamente, a rede para de funcionar e o nosso trabalho é colocar uma nova antena perto da sua casa”, disse.
A TIM entrou ontem com um mandado de segurança contra a decisão da Anatel para tentar evitar a suspensão das vendas. Segundo Takayanagi, a “esperança” da empresa é obter uma decisão favorável na Justiça antes de segunda-feira. Mas, se não for possível, a TIM respeitará a decisão do órgão. “O mandado de segurança não é uma afronta à agência. É uma tentativa de defender a operação”, disse. O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, disse ontem que o encontro com a diretoria da TIM na quinta-feira foi “tenso”. “Eles acham que não deveriam ser punidos”, afirmou.
A Tim foi a operadora mais penalizada nas medidas
punitivas da Anatel
‘Temos a segunda melhor performance do setor’, revela operadora
Em comunicado enviado na noite da última quinta-feira (19), a TIM informou que vai recorrer à Justiça para não interromper a venda de novas linhas de voz e dados. A operadora foi penalizada pela Anatel e deverá parar com a venda de chips em 18 estados e no Distrito Federal a partir da próxima segunda-feira (23).
A operadora prometia entrar com um mandado de segurança ainda nessa sexta-feira (20). Este instrumento jurídico serve para anular uma decisão de autoridade do executivo que ameace ou negue um direito líquido e certo. Até o fim da noite desta quinta existia a dúvida se a TIM brigaria na Justiça para reverter o quadro, dada a resposta menos amistosa que encaminhou à imprensa em relação ao que outras operadoras comentaram.
“A suspensão das vendas foi baseada em dados e indicadores diferentes daqueles usualmente estabelecidos pela própria Anatel para acompanhar o desempenho de rede”, afirma a operadora em nota. Por exemplo, afirmam que houve redução de 36% na taxa de reclamações de consumidores durante o primeiro trimestre, de acordo com dados de um índice oficial da Anatel. “Hoje temos a segunda melhor performance do setor”.
A TIM foi a operadora mais afetada pela proibição. A Claro ficará proibida de comercializar chips em três estados e a Oi sofre penalização em mais cinco estados. A Vivo inicialmente não está proibida, mas também deve apresentar um plano de ação para melhorias de rede em até 30 dias, assim como as demais operadoras.

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