Somente com competição o iPad pode baratear, afirma o governo

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Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fabricantes só reduzem preços para valer quando percebem o avanço dos concorrentes no mercado.
O iPad feito no Brasil só será mais barato quando ele encontrar uma forte concorrência no mercado. A afirmação é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Nesta semana, o governo foi questionado sobre o por que do iPad brasileiro custar o mesmo montante do importado. Num comunicado oficial – e divulgado numa reportagem em Veja.com – o ministério declarou que cuida apenas do desenvolvimento da indústria, ao fomentar redução de impostos e oferecer incentivos para o desenvolvimento e fabricação de eletrônicos no país.
Além disso, a pasta declarou que as empresas não precisam repassar ao consumidor o ganho de 30% que elas conseguem ao trazer a fabricação do tablet para o Brasil. Esta regra não está na lei de benefícios fiscais para tablet: portanto, as fabricantes só reduzem os preços dos aparelhos se encontrarem pesada competição no mercado.
Segundo a pasta, isto deve acontecer em algum momento, pois a venda de tablets tem aumentado consideravelmente. Atualmente, 17 empresas podem fabricar tablets com isenção de impostos fiscais, entra elas a Foxconn (que produz o iPad no Brasil). E o mercado começa a receber esses produtos. Em algum momento, eles vão disputar os consumidores – e isso contribuirá para a queda dos preços dos tablets. Talvez o iPad, pressionado, possa também ficar mais barato.
O MCTI explicou ainda que a isenção não busca nortear o mercado, mas criar no Brasil um centro que possa desenvolver software, peças e tecnologia para tablets e smartphones – o que ajudaria no desenvolvimento do país e, também, na geração de empregos.