Psy diz que “Gangnam Style” mudou sua vida, e que já precisa de novo hit
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‘A canção se tornou muito popular e então passo a me preocupar’, disse. Cantor sul-coreano ultrapassou marca de 1 bilhão de acessos no YouTube.
O cantor Psy afirmou que a era do hit “Gangnam style” está perto de chegar ao fim, em entrevista ao site da MTV americana publicada nesta segunda-feira (31). “Estar na virada de ano da Times Square vai ser especial, é o maior palco do universo, e também é meu aniversário. Pode ser que ‘Gangnam style’ esteja acabando…”, revelou o ídolo sul-coreano.
“A canção se tornou muito popular e então passo a me preocupar com o tempo de sucesso”, ele disse. “Eu estou trabalhado duro para escrever um novo single agora. Ainda tenho convites para cantar em Paris, em fevereiro… Também fui convidado para show na China. Ainda há muita divulgação a ser feita. Mas preciso escrever um novo hit.” O clipe do sul-coreano bateu a marca de 1 bilhão de acessos no YouTube, um número nunca alcançado até agora e que demonstra a popularidade de sua famosa dança do cavalo invisível. O vídeo foi publicado em 15 de julho de 2012.
Em novembro, o vídeo de Psy, que faz crítica ao estilo de vida da classe rica de Seul, já tinha quebrado o recorde do livro Guinness ao se tornar o clipe com o maior número de “likes” do YouTube: 2,141,758 ao todo, em 21 de setembro deste ano. No mesmo mês, as imagens ultrapassaram 805 milhões de visualizações no Youtube. No Brasil, a música já havia se tornado a mais baixada na loja virtual iTunes.
Psy, cujo verdadeiro nome é Park Jae-sang, foi condecorado como uma das maiores recompensas da Coreia do Sul. Embora a letra da música esteja em coreano, seus passos de dança e o ritmo da melodia o fizeram ganhar milhares de adeptos em todo o planeta. Personalidades como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o prefeito de Londres, Boris Johnson, e o presidente americano, Barack Obama, não hesitaram em dançar “Gangnam style”.
Segundo um post publicado na comunidade apocalíptica “The Project Avalon Forum”, o sucesso de “Gangnam Style” seria um sinal do fim do mundo, de acordo com uma previsão de Nostradamus (1503-1566). O texto diz que “na calma manhã, o fim virá quando o número de círculos do cavalo dançante chegar a nove”. A marca de 1 bilhão de acessos de “Gangnam Style” no YouTube representaria os nove zeros. E o nome do país de onde vem Psy (a Coreia do Sul) significa “terra da calma manhã”.
“Gangnam style” foi escolhida também, ao lado de “abismo fiscal” e “Romneyshambles”, para se tornar palavras do ano do Collins Dictionary. “Procurávamos por palavras que contassem a história do ano”, afirmou Ian Brookes, editor consultor do dicionário. “Algumas palavras vêm de eventos que ocorreram e sumiram e não devem continuar… mas outras provavelmente estão aqui para ficar.”
Crítica social
Por baixo da superfície engraçada e esquisita da canção que conquistou o mundo, está um afiado comentário social sobre os novos ricos do país e Gangnam, o distrito próspero onde muitos deles vivem. Gangnam é só uma pequena fatia de Seul, mas inspira uma complicada mistura de desejo, inveja e amargura. Gangnam é o endereço mais cobiçado na Coreia, mas há menos de duas gerações era pouco mais do que algumas casas isoladas, cercadas por terras planas e valas de drenagem.
O distrito de Gangnam, que literalmente significa “ao sul do rio”, tem cerca de metade do tamanho de Manhattan. Cerca de 1% da população de Seul mora lá, mas a maioria dos seus moradores é muito rica. A média de preço de um apartamento em Gangnam é de US$ 716 mil, quantia que um chefe de família sul-coreano com rendimento médio demoraria 18 anos para ganhar.
Os locais de comércio e governo em Seul sempre estiveram ao norte do rio Han, nas vizinhaças em volta dos palácios reais, e muitas das famílias com dinheiro antigo ainda vivem lá. Gangnam, entretanto, é o dinheiro novo, o beneficiário de uma explosão de desenvolvimento que começou nos anos 1970
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