Para conter crise, presença da Igreja Universal do Reino de Deus será ainda maior na grade da Record

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Todos os contratos estão sendo revistos. Repórteres vindos da Globo serão demitidos. IURD compra espaços nos programas de maior audiência da emissora. Produção da Record News já está sendo terceirizada.

Sede da Record na Barra Funda, em São Paulo: Ordem é “apertar o cinto”

As medidas de contenção de gastos colocadas em prática pela Record deve atingir as mais diferentes áreas da emissora. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, do jornal “Folha de S.Paulo”, a Igreja Universal do Reino de Deus estaria exigindo novos horários na grade da emissora.

Como se sabe, a IURD já ocupa as madrugadas da Record e paga uma gorda quantia por isso – algo próximo a R$ 40 milhões mensais, cifra não confirmada pela emissora. E pelo visto, a igreja levou a melhor na queda de braço. Desde o início do mês, é notada a presença de um pastor nas edições locais do “Balanço Geral”, inclusive na paulista, apresentada por Geraldo Luiz. Segundo Flávio Ricco, a IURD vem pagando R$ 30 milhões a mais por esse espaço.

Ainda segundo Feltrin, o portal do Grupo, o R7, assim como o RecNov, terão os contratos de seus funcionários revistos – inclui-se aí atores, técnicos, colunistas e cargos de chefia. A redução pode chega a 50%.

Contratos

Segundo Janaína Nunes, a Record não deve renovar com repórteres que vieram da Globo. Esses profissionais ganham cerca de R$ 40 mil mensais, ou mais. A ordem é esperar os vínculos chegarem ao fim. Por ora, estão terminantemente proibidas quaisquer contratações, nos mais diferentes setores.

Record News

A Record segue colocando em prática o processo de terceirização de seus diferentes setores. Segurança, transporte, limpeza, alimentação e serviços gerais passaram pelo crivo de uma empresa de consultoria e já se adequaram à nova realidade. Agora, segundo informa Flávio Ricco, o próximo alvo é a produção. Só será produzida uma novela de cada vez – o que explica a demora no anúncio da data de exibição de “Pecado Mortal”.

O único setor intocável segue sendo o jornalismo. A ordem, inclusive, é ampliar sua ocupação na grade, com novos investimentos operacionais. Na Record News, a terceirização já se faz presente. O “Economia & Negócios”, apresentado por Fátima Turci, após seis meses fora do ar, voltará a ser exibido, mas, desta vez, gravado na produtora Studio S.A. Embora negue, o mesmo processo é esperado em produtos da própria Record.