Moradoras de condomínio em Feira de Santana contestam liminar de desocupação

As proprietárias dos dois imóveis do Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana, a 108 quilômetros de Salvador, disseram que vão recorrer da decisão da Justiça, que  determinou a desocupação dos apartamentos em 30 dias, sob alegação da venda  por “contratos de gaveta”, o que fere o documento firmado com a Caixa Econômica Federal . Em entrevista à TV Subaé, de Feira, Katiane Santos e Tânia Bastos disseram que vão provar que moram nos imóveis e que os mesmos não foram vendidos.

Minha Casa, Minha Vida: é proibido vender ou alugar os imóveis financiados
“O apartamento é de Tânia. Ela trabalha o dia todo e só volta de noite, então não encontraram ela aqui. Por isso é que ela está decidida a recorrer”, diz uma vizinha, que não quis ser identificada.
Os apartamentos foram construídos através do Minha Casa Minha Vida para famílias com renda de até três salários mínimos, mas o CORREIO denunciou que os imóveis estavam sendo vendidos e alugados para pessoas com renda bem superior.

Segundo a Caixa, existem no mesmo empreendimento mais nove pedidos de liminar para a desocupação de imóveis, que serão liberados para outras famílias  inscritas para o empreendimento.
Desabrigada De acordo com matéria publicada em julho de 2010 no site da prefeitura de Feira de Santana, a moradora Katiane Santos foi beneficiada pelo programa porque sua casa foi condenada pela defesa Civil, em consequência das chuvas.
Segundo a matéria, Katiane, o marido e três filhos ficaram alojados no Complexo Poliesportivo e, em seguida, abrigados por quase três meses em um imóvel alugado pela Prefeitura. “É uma grande vitória para nós termos agora uma casa. Com certeza viveremos aqui com segurança e tranquilidade, pois não se trata de uma região de risco. A chuva não irá mais nos prejudicar”, comentou Katiane, quando recebeu o imóvel no Nova Conceição.
Milícia Segundo uma moradora, que não quis ser identificada por medo de represálias, o problema  dos moradores com a atuação de uma milícia dentro do condomínio está sendo solucionado. “Eles continuam cobrando os 20 reais, mas não prendem mais as correspondências de quem não está pagando, não estão barrando os visitantes e também estão correndo atrás da legalização da firma”, conta.

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