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Polícia Militar registra 22 prisões por crime de “boca de urna” na Bahia


Agência Brasil
Apesar da proibição de propaganda política hoje, centenas de placas dos candidatos ainda estão nas ruas de Salvador e cidades do interior.
Homem é preso em flagrante, acusado de praticar “boca de urna” próximo a uma sessão eleitoral em Feira de Santana
A Polícia Militar da Bahia prendeu, até o começo da tarde deste domingo, 7, 22 pessoas fazendo boca de urna e um candidato a vereador por compra de voto. As ocorrências foram registradas nos municípios de Seabra (três prisões) e Amélia Rodrigues (19 prisões por boca de uma e um candidato a vereador). Até as 12h, a Justiça Eleitoral baiana registrou 101 ocorrências por problemas com urnas eletrônicas, sendo que 33 precisaram ser substituídas, oito em Salvador.
O juiz corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), Josevando Souza Andrade, admitiu que o tribunal não tem efetivo para impedir a prática da boca de urna na capital. “Toda a eleição é assim, mas não temos como estar em todos os locais. Ainda há dificuldade porque grande parte do efetivo policial do estado foi deslocado para o interior, onde o clima é mais acirrado”, disse.
Apesar da proibição de propaganda política hoje, centenas de placas dos candidatos ainda estão nas ruas de Salvador. O corregedor do TRE-BA disse que os candidatos que tenham placas ou cavaletes apreendidos poderão ser multados em R$ 2 mil a R$ 8 mil. “Já apreendemos mais de 10 mil placas. Mas nós retiramos e elas são substituídas. Mas todos que tiveram material apreendido serão multados”, assegurou Andrade.
Juiz corregedor Josevando Andrade admite que não há efetivo suficiente para coibir a “boca de urna” na Bahia, e pede que eleitores denunciem
Apesar das ocorrências, o corregedor do TRE-BA considera que as eleições estão transcorrendo com tranquilidade. “Esperávamos um número maior de ocorrência”, disse Andrade. O corregedor ponderou, no entanto, que há preocupação em alguns municípios no interior no momento da divulgação do resultado.
Isso porque, segundo ele, nas cidades de Riacho de Santana, Pojuca, Amélia Rodrigues e Valença houve a substituição dos candidatos a prefeito ontem (6) por outros nomes da coligação ou do mesmo partido. Com isso, não houve tempo hábil para mudança da foto na urna e os candidatos impugnados continuam aparecendo na máquina. “Nessas cidades os juízes eleitorais pediram reforço policial para a divulgação do resultado”, disse Andrade.
Nessas localidades, os votos computados para os candidatos que deixaram a disputa serão destinados aos substitutos. O temor é de que na hora da divulgação os eleitores dos candidatos substituídos fiquem revoltados com a mudança.

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