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Brasileiros tem que aumentar interesse na marca, diz executivo sobre instalação da Apple Store no Brasil


G1
Hoje, Apple conta com 31 revendedores ‘premium’ no país. Germano Grings é executivo de grupo responsável por 19 lojas. Investimento varia entre R$ 1 e R$ 5 milhões. Segundo ele, companhia estuda abrir sua primeira loja oficial no país.
Revendedoras 'premium', como a iPlace, devem seguir o mesmo conceito das Apple Stores originais
A Apple tem interesse em abrir loja própria no Brasil, segundo Germano Grings, vice-presidente do grupo Herval, responsável por 19 lojas especializadas em produtos da empresa no país. Hoje, a fabricante do iPad e iPhone não tem loja oficial com bandeira brasileira. A Apple conta no país com 31 revendedores “premium”, chamados APR (Apple Premium Resellers), que são lojas voltadas inteiramente para seus produtos, como a iPlace, do grupo Herval.
De acordo com Grings, a companhia cofundada por Steve Jobs é muito estratégica e se preocupa com a marca e com a demanda do mercado, por isso ainda não inaugurou uma loja própria no Brasil. “Interesse, eu tenho certeza que eles têm”, disse o executivo em entrevista. “Mas as coisas não são muito fáceis no nosso país”.
O grupo gaúcho Herval, de Dois Irmãos (a 50 km de Porto Alegre), anunciou em dezembro a compra da rede paulista MyStore, passando a ter 19 revendas da Apple no Brasil – além das 12 lojas iPlace – nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
“Já somos o maior operador de revendas premium da Apple no Brasil”, afirmou Grings. “Temos uma fidelização muito grande com os produtos e com o fornecedor. Nosso planejamento é, em 2012, ter mais de 20 lojas no país”, completou.
A companhia gaúcha inaugurou a primeira loja iPlace em março de 2010 em Porto Alegre. Com menos de dois anos de operação, o grupo Herval diz ser o maior revendedor premium em número de estabelecimentos e faturamento. “A abertura de uma loja da Apple exige um investimento bastante alto. É difícil fazer uma conta exata, mas pode variar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões”, explicou Grings.
Sobre o interesse dos brasileiros pelos produtos da companhia norte-americana, Grings acredita que está evoluindo. “Eu sempre digo que [a Apple] ainda não pegou no Brasil, mas vai pegar. Para o americano, ter um Mac ou iPhone é muito comum. A empresa tem loja em tudo que é shopping”.
‘Bíblia da Apple’
O executivo conta que a ideia de investir em lojas da Apple surgiu quando ele ficou sabendo que a fabricante tinha interesse em abrir uma operação na região Sul do país. “Hoje, há funcionários da Apple que fazem o controle das nossas lojas. Funciona como uma religião, uma bíblia. O cliente que entrar em uma loja americana e em uma nossa, não vai notar diferença de atendimento, qualidade, assistência técnica, serviço e estoque”.
Segundo Grings, as APRs devem fazer 100% daquilo que está dentro do conceito da Apple. “A APR é uma cópia de uma loja da Apple dos EUA, não se pode fazer nada fora daquilo. Na verdade, você se torna uma loja muito parecida com a americana. Eu até acho as nossas mais bonita que as deles”, brinca. As revendedoras “premium” contam, inclusive, com uma área de treinamento para ter funcionários especializados.
Concorrência
Caso a Apple abra lojas próprias no Brasil, Grings diz não ter medo da concorrência. Segundo o executivo, a empresa norte-americana tem a estratégia de abrir apenas uma ou duas lojas oficiais em capitais importantes. “Eles não vão abrir onde nós estamos. Do ponto de vista de vendas e administração, somos tão bons quanto qualquer Apple americana”.
Por isso, Grings sonha em ver lojas oficiais da fabricante do iPhone e iPad no Brasil. “Eu cutuco eles bastante e até brinco que, se eles precisarem de um parceiro, eu estou aqui e até abro para eles. Imagina uma loja igual a da 5ª Avenida, em Nova York, na Avenida Paulista [em São Paulo]? Que maravilha seria?”.

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