Vendas do “Windows 8″ não decolam e abrem crise na Microsoft
Info Online
Uma pesquisa mostra que o Windows 8 não está emplacando no mercado. Isso quando é comparado ao antecessor Windows 7. Hoje, até quem tem Windows 7 ‘pirata’ consegue comprar a atualização.De acordo com dados da Net Applications, o Windows 8 – que tem quase um mês de vida – tem até agora 1% do mercado de PCs. O Windows 7, no primeiro mês pós-lançamento, alcançou um market share de pouco mais de 3,5%. Ou seja, o Windows 7 teve três vezes mais aceitação que o recém-lançado sistema da Microsoft. Mas é bom relembrar: o Windows 7 substituía o Windows Vista, uma versão que não emplacou muito no mercado por causa de falhas e lentidão.
Crise
A Microsoft faz uma série de ações promocionais para emplacar o novo sistema. No Brasil, um dos mercados com alto número de cópias ilegais do sistema operacional, a atualização para o Windows 8 está com valor promocional de 69 reais. Usuários relatam, inclusive, que conseguem comprar a atualização do software mesmo quando têm um Windows 7 pirata instalado no computador.
O mesmo tipo de promoção (que reduz o preço) acontece em outras partes do mundo. Mas parece que a estratégia não vem surtindo efeito. Sites internacionais relatam que a Microsoft não está feliz com as vendas do sistema – e também está preocupada com as reclamações de usuários que relatam que as mudanças (como a retirada do menu Iniciar e a nova interface para tablets) deixaram o programa difícil de usar.
As críticas e as vendas fracas, inclusive, podem ter sido os motivos para a demissão, em 12 de novembro, de Steven Sinofsky, engenheiro da Microsoft responsável pela construção do Windows 8. Tanto Sinofsky quanto a Microsoft negaram, na época, que a demissão estivesse relacionada ao problema com as vendas do Windows 8. Na ocasião, um comunicado da empresa dizia que as mudanças pretendem promover o lançamento de “uma nova geração de produtos”. Em e-mail enviado aos seus colegas de trabalho e intitulado “RE: mudanças na liderança do Windows”, Sinofsky diz que está à procura de novas oportunidades para o desenvolvimento de produtos.
Sinofsky ainda disse em um outro e-mail enviado aos amigos da Microsoft: “Alguns podem levantar rumores envolvendo minha saída. Posso garantir que essa é uma decisão pessoal, que não envolve quaisquer especulações, teorias ou possibilidades em relação à empresa e sua liderança”.
A saída repercutiu negativamente, apesar das justificativas. “É uma notícia chocante. É muito surpreendente”, disse o analista Brendan Barnicle, da Pacific Crest Securities. “Como muitas pessoas, eu pensava que Sinofsky estava no caminho de ser um potencial sucessor do CEO Steve Ballmer.” Sinofsky foi sucedido por Julie Larson-Green, que vai liderar a divisão de hardware e software Windows, e por Tami Reller, que continuará como vice-presidente financeiro da unidade Windows. Os dois reportarão diretamente para Ballmer e estão com a missão de mudar a história do Windows 8 no mercado. Será que vão conseguir?
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