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JEQUIÉ: COM MUITAS POLÊMICAS E PARTICIPAÇÃO POPULAR, CÂMARA DEBATE PROJETO DE CALÇAMENTO


Vereadores de Jequié debatem projeto de calçamento. Foto: Gicult
Vereadores de Jequié debatem projeto de calçamento. Foto: Gicult

A sessão da Câmara de Vereadores de Jequié foi iniciada nesta terça-feira (6) com presença de muitas pessoas acompanhando os trabalhos do legislativo. O que está chamando mais atenção é o debate a respeito de 21 milhões solicitados pela Prefeitura a fim de calçar mais de 200 ruas da cidade, conforme divulgou o Executivo. Logo no início do debate, o vereador Ivan do Leite (PHS) defendeu o projeto, argumento que a iniciativa do governo vai beneficiar muitas localidades carentes de Jequié. Segundo o edil, Jequié não pode perde esta oportunidade. Para ser levada adiante, a proposta do Executivo precisa ser aprovada pelos vereadores.
Às 18h30, durante o pronunciamento do vereador Ednael Almeida, aconteceu um princípio de tumulto na plenária depois que o pastor e ex-vereador Reginaldo Barros levantou palavras de ordem, dizendo que o projeto do Prefeito (do calçamento das ruas, via empréstimo) é um engodo, uma enganação. Na direção dos trabalhos, o vereador João Cunha (PSDC) disse que não aceitaria tumulto e que garantiria a fala do orador.
Logo em seguida, o vereador Gutinha (PDT) falou sobre o aumento da violência urbana na cidade, com assassinato constante de jovens, como ocorreu na tarde desta terça, no bairro Caixa D’Água. Para completar seu discurso, o parlamentar pedetista se colocou favorável ao empréstimo para o calçamento das ruas. Falou que é uma necessidade dos moradores. Por isso informou que já recebeu até abaixo-assinado de moradores e comerciantes pedindo a aprovação do projeto.
Em sua fala, ao abordar o projeto, José Simões disse que deseja que as benfeitorias cheguem à comunidade, de forma responsável, e não através de pressão.

Com faixas, moradores dos bairros pediram aprovação do projeto. Outros criticaram. Foto: Gicult
Com faixas, moradores dos bairros pediram aprovação do projeto. Alguns criticaram. Foto: Gicult

Ao se inscrever para falar sobre o projeto, a vereadora Nara pediu mais tempo para debater a essência do projeto, tal sua importância e recursos envolvidos. Diante da proposta, o edil Luiz Brito apoiou a sugestão da parlamentar. Diante da proposta de encaminhamento, Gutinha alertou para o perigo de se perder os recursos, caso se perca tempo.
“A Caixa Econômica não libera recursos de uma só vez. É uma instituição séria”, com esta colocação, o vereador José Wanderley (PT) disse que tem visitado as comunidades e tem percebido que, apesar das divergências, o povo quer o calçamento. Disse que é a favor de se agilizar as discussões, mas que seja votada a matéria, pois o povo precisa saber do posicionamento de cada vereador.
João Cunha, ao usar a palavra, disse que tem um posicionamento firmado e sabe que terá os ônus e os bônus por isso. Ele disse que está preocupado em liberar recursos para um prefeito irresponsável que está afundando a cidade. “A culpa é do povo que elegeu este homem que está aí. Temos que ter a responsabilidade ao tomar a decisão. Vou analisar o projeto usando todo tempo necessário e não fazer uma votação nas coxas”, afirmou João.
Gutinha usou a palavra e disse que não se deve protelar a votação. “Todos precisam se posicionar”, acrescentou. “João Cunha, que pede calçamento para o Brasil Novo, tem que dizer que está contra o projeto e as reivindicações dos moradores”, alfinetou o vereador do PDT, da base de apoio do prefeito. Em resposta, João Cunha falou que vai votar de acordo com sua consciência. “Vou avaliar se a proposta do governo vai beneficiar de fato os bairros da cidade. Depois votarei. Inclusive pode ser até favorável, mesmo sabendo que tem um irresponsável dirigindo a cidade”, justificou.
Como último inscrito, o vereador Deyvison (PT) informou que em viagem recente a Brasília, e em contato com dirigentes do Ministério da Cidade, ele percebeu que vários municípios brasileiros estão adotando o mesmo procedimento de Jequié. Devido a isto, o parlamentar petista alertou para os prazos.
Para concluir o debate inicial sobre o assunto, o presidente da Câmara, Ednael Almeida, colocou em votação a proposta da vereadora Nara, pedindo a ampliação da discussão até a próxima quinta-feira (8). O encaminhamento foi aprovado por unanimidade.
fonte: gicult.com.br

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