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Surgem primeiras imagens de satélite que cairá hoje na Terra

BBC Brasil
Um satélite da Agência Espacial americana, a Nasa, do tamanho de um ônibus deve cair na Terra nesta sexta-feira. Local do impacto permanece desconhecido.
A agência afirma que pelo menos 26 pedaços grandes devem cair em um espaço de cerca de 800 quilômetros em qualquer lugar do planeta, exceto na América do Norte. Ainda não se sabe a hora ou o local exato da queda dos destroços e especialistas afirmam que terão dados mais precisos apenas nas 12 horas antes de o satélite reentrar na atmosfera.
Na internet, começaram a circular as primeiras imagens do UARS, bem próximo da atmosfera. A Nasa calcula que há cerca de uma chance em 3,2 mil de um destroço atingir uma pessoa e acrescenta que, desde o início da era espacial, no final dos anos 50, não há ferimentos confirmados causados por queda de objetos vindos do espaço.
Incerteza
O especialista em satélites da Nasa, Stuart Eves, destacou a grande incerteza em relação à queda de satélites na Terra. Usando os últimos dados da órbita do Satélite de Pesquisa de Alta Atmosfera (UARS, na sigla em inglês), da manhã desta sexta-feira, Eves e os outros especialista fizeram projeções a respeito da provável área de queda do satélite. E o especialista explicou que a vida útil de um satélite pode ser estimada com apenas 10% de precisão.
A 'vida científica produtiva' do UARS acabou em 2005, quando ele ficou sem combustível
Isto significa que há um intervalo de apenas seis horas para mais ou para menos para o momento esperado da queda do satélite. Por exemplo, na tarde de quinta-feira os dados sugeriam que os destroços do satélite cairiam em algum lugar dos mares do sul. Mas esta estimativa deve mudar com os dados coletados nesta sexta-feira.
Cerca de 70% da superfície da Terra é coberta por água, portanto, existe uma grande chance de os destroços caírem no mar. No entanto, ainda existe uma possibilidade também de que alguns pedaços caiam em terra. Os pedaços do UARS podem cair em qualquer lugar entre os paralelos 57 norte e 57 sul do equador, uma área densamente povoada.
O UARS foi enviado ao espaço em 1991 com o Discovery em uma missão para estudar a atmosfera terrestre, principalmente a camada de ozônio. Devido aos 10% de precisão e ao fato de que o satélite leva uma hora e meia para completar uma órbita em volta da Terra, o UARS pode cair durante uma das quatro trajetórias possíveis de sua órbita na noite de sexta-feira ou na manhã de sábado.
A queda de satélites também pode ser afetada por outros fatores, como a sua forma ou o aquecimento da atmosfera terrestre pela radiação vinda do Sol. Este aquecimento pode até acelerar a queda dos destroços.

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