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Rio Grande do Sul proíbe venda de Toddynho após incidentes com consumidores

Estadão
Foram registrados casos de queimadura na boca e estômago em Porto Alegre e no interior do Estado.
A comercialização do achocolatado Toddynho, em caixinhas de 200 ml, que estavam armazenadas na Central de Distribuição em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi suspensa nesta sexta-feira, 30, pela Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A notificação e a suspensão da comercialização ocorreram depois de relatos de sensação de queimadura na boca e esôfago entre crianças e adultos que consumiram o produto, fabricado pela empresa Pepsico do Brasil Ltda. Segundo a Vigilância Sanitária, quatro casos em Porto Alegre e outros em Canoas e São Leopoldo já foram notificados. Os estabelecimentos comerciais estão sendo vistoriados com o objetivo de verificar a existência do produto e solicitar a retirada dos que estiverem à venda.
Em nota, a empresa afirma que tomou conhecimento da alteração na qualidade de cerca de 80 unidades do produto e já tomou as ações cabíveis para retirá-las de circulação. As unidades com problemas são do lote com numeração de L4 32 05:30 a 06:30, todos com validade de 19/02/2012.
Boca ardendo e queimação no estômago
Pelo menos quatro consumidores do produto fizeram as reclamações, que vieram de Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre. Na capital do Estado, uma menina de 10 anos sentiu uma forte ardência na boca e na garganta ao beber o produto. Sua vó, que é dona de um minimercado e comprou o produto, a levou ao Hospital de Pronto Socorro – HPS. Assim que foi medicada, a menina retornou para a sua casa.
Susete Lobo Saar de Almeida, responsável pelo setor de alimentos da Divisão de Vigilância Sanitária do Estado, afirma que uma análise feita no laboratório constatou alterações no pH da bebida. O resultado registrou 13 pontos na escala que vai até 14, mostrando o quanto a substância é alcalina. “É algo semelhante à soda cáustica, mas ainda não podemos dizer o que é exatamente. Pode ser, inclusive, algum produto de limpeza”, declarou Susete.
A Vigilância Sanitária Estadual verificou a alteração no pH em unidades de 200ml e de dois lotes com data de validade paa 19 de fevereiro de 2012, mas por cautela, todos os produtos estão sendo recolhidos. Testes mais detalhados serão feitos em amostras do produto para identificar se o mal-estar dos consumidores está relacionado apenas a alteração do pH ou a alguma outra alteração. Informações sobre casos de intoxicação devem ser comunicados à Vigilância Sanitária pelo número 150.

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