Comissões do Senado estão reunidas para ouvir Pagot

 








Comissões do Senado estão reunidas para ouvir Pagot

O diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, é ouvido neste momento pelos senadores que compõem as comissões de Infraestrutura (CI) e de Fiscalização e Controle (CMA). Ele foi convidado a e

    As comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente do Senado estão reunidas para ouvir o diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit). Os senadores querem explicações sobre as denúncias de superfaturamento em contratos e esquema de cobrança de propina no órgão.

    O senador Blairo Maggi (PR-MT), responsável pela indicação de Pagot ao cargo ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, acredita que o debate seja conduzido em caráter absolutamente técnico, sem politizações. “Ele é um militar, uma pessoa disciplinada que trabalhou nos órgãos de informação da Marinha, no Cenimar [Centro de Informação da Marinha]. Ele não vai politizar nada”, disse.

    A oposição trabalha no sentido de cobrar do secretário do Dnit nomes e responsabilidades nos processos de licitações apontados como irregulares em reportagem publicada pela revista Veja. “Fica difícil de imaginar que o Pagot assuma sozinho a responsabilidade por esse esquema”, afirmou o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).

    O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) espera que Pagot aponte a forma como o órgão vinculado ao Ministério dos Transportes atua e faça uma exposição técnica sobre as denúncias de corrupção. “Ele tem condições de mostrar o trabalho feito pelo Dnit e rebater as acusações”, destacou Jucá.
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    Pagot começa depoimento no Senado com explicações técnicas sobre Dnit
    O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, fez uma exposição técnica do funcionamento do órgão no início da reunião com as comissões de Infraestrutura e a de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado. Ele listou alguns problemas enfrentados como a falta de pessoal e a demora no licenciamento das obras rodoviárias, que acabam por exigir o reajuste nos valores inicialmente contratados.

    Sobre o reajuste dos valores, ele citou como exemplo a duplicação da BR-101 em Santa Catarina. “Muitas vezes são feitas exigências, que elevam custos. Só mudanças de escopo ambiental na duplicação da BR-101, em Santa Catarina, exigirão um aumento contratual de R$ 1,5 bilhões”. Pagot lembrou que o Dnit apenas sugere, mas não decide, as obras que precisam ser realizadas.

    O diretor do Dnit acrescentou que a deliberação, com base nos estudos técnicos feitos pelo órgão, cabe ao Conselho Administrativo, que é formado por representantes dos Ministérios dos Transportes, Planejamento e Fazenda, entre outros.

    Luiz Antonio Pagot também destacou a fiscalização e controle a que o órgão é submetido. Segundo ele, além da corregedoria interna, o Dnit é fiscalizado pelo Tribunal de Contas de União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), que tem um representante dentro do próprio órgão. Além disso, ele destacou que o Ministério Público e a Polícia Federal também farão fiscalizações e controles diretos sobre as obras.

    Pagot compareceu à audiência pública no Senado para dar explicações sobre o seu envolvimento em um suposto esquema de corrupção com o superfaturamento de obras no Dnit.

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