Sete servidores da Secretaria de Meio Ambiente são presos por esquema criminoso na Bahia
Correio
As prisões ocorreram na “Operação Corcel Negro”, deflagrada na madrugada desta sexta-feira (22).Sete servidores da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), foram presos em Salvador, na “Operação Corcel Negro”, deflagrada na madrugada desta sexta-feira (22). Ao todo, 21 pessoas já foram presas, inclusive um político da região oeste do estado. A operação investiga irregularidades no comércio de carvão e na emissão ilegal de documentos públicos – a chamada “máfia do carvão” – e cumpriu mandados em onze municípios da Bahia e também na cidade de São Paulo
Entre os presos, está o ex-superintendente de Políticas Florestais, Conservação e Biodiversidade, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Plínio Castro; Marcos Ferreira (Jequié), Paulo Pelegrini (Salvador), Luis Cláudio Correia (Salvador), Rui Murici (Salvador), João Barrocas (Salvador), Gilmar Iglesias (São Paulo), Cássio Igino e Marcelo Dourado.
Mesmo constatando irregularidades em obras, os funcionários da Sema emitiam autorizações para que estas continuassem. A operação investigava questões ligadas ao crédito de resposição florestal desde 2010. Mais de 150 policiais participaram da operação, que teve apoio ainda do Ministério Pública, Ibama, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.
Um dos investigados foi preso na cidade de São Paulo e outro se apresentou na sede da Polícia Civil, em Salvador. Ao todo, estão previstos 29 mandados de prisão, 34 de busca e apreensão, sendo que 30 deles já foram cumpridos. Entre os presos estão funcionários e ex-funcionários da Sema, produtores rurais, comerciantes e consultores. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, os funcionários envolvidos que eram contratados já foram demitidos.
Os funcionários efetivos foram afastados e foram abertos processos disciplinares. Eles poderão inclusive ser demitidos do serviço público. A Sema mantém suspensa a emissão de novos créditos de reposição florestal até que seja aprovada a alteração da lei da Política Estadual de Meio Ambiente.
Intermediadora
Durante a operação, também foi presa a principal intermediadora do esquema ilegal, a empresária Ana Célia Coutinho Rocha, conhecida como Xinha, bem como a sua filha Milena Coutinho de Castro e o genro Francisco Leonardo Bastos Vila Nova.
O ex-vereador e ex-candidato a deputado estadual Jader Wilton Oliveira Costa (PRP), o Jainha, também foi presos pela operação e o ex-prefeito do município de Carinhanha, Geraldo Pereira Costa (PSDB), conhecido na região como Piau, teve documentos apreendidos em sua residência.
Inicialmente, o CORREIO chegou a noticiar que Costa foi preso, mas o ex-prefeito não chegou a ser detido e tinha em seu nome um mandado de busca e apreensão. Ao Brumado Notícias, Costa considerou a ação truculenta e disse que tomará providências. “Essa é uma ação de um país desmoralizado, onde você entra na casa de um cidadão, sem falar nada e faz um terrorismo desse, para mim, não existe bandido pior do que esse não”, disse, garantindo ser inocente e não ter participação no esquema.
De acordo com a delegada Carmen Dolores, durante a operação não foram registrados incidentes violentos, tampouco resistências durante as prisões. Ao todo, a operação irá cumprir 29 mandados de prisão. Hoje, 21 pessoas já foram presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A operação, que continua em andamento até o cumprimento de todos os mandados, acontece nos municípios Juazeiro, Jequié, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Riacho do Santana, Guanambi, Cariranha, Coribe, Cocos, Vitória da Conquista, Salvador e na cidade de São Paulo
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