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Conferência Estadual debate demandas da cultura em Vitória da Conquista

Agecom | Bahia
IV Conferência Estadual de Cultura discute propostas para o Plano Estadual de Cultura
Depois da aprovação da Lei Orgânica da Cultura no dia 22 de novembro, na Assembléia Legislativa, o setor cultural da Bahia se prepara para mais uma ação de extrema relevância: a realização da IV Conferência Estadual de Cultura. Com o tema “Planejar é Preciso”, a Conferência acontece de 30 de novembro a 03 de dezembro de 2011, na cidade de Vitória da Conquista, e já começa com um desafio importante: ajudar a compor o Plano Estadual de Cultura, uma das principais metas estabelecidas pela nova Lei.
“Com a nova Lei garantimos a maior organização e institucionalização da Cultura em nosso estado. A Conferência é o momento para discutirmos políticas públicas de Estado, contando com a colaboração dos 26 Territórios de Identidade”, avalia Albino Rubim. A abertura da conferência será no dia 30 de novembro, ás 19h, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima (Av Rosa Cruz nº 45 – Bairro Candeias).
Além do secretário Albino Rubim, participam da Conferência o superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura, Adalberto Santos, coordenador do encontro e os dirigentes da várias unidades da Secretaria de Cultura (Secult), como Fundação Cultural (Funceb), Fundação Pedro Calmon (FPC), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) e Diretoria de Museus (Dimus). “Depois de ouvir as diversas comunidades, chegou a hora de promover uma grande conversa entre o poder público e a sociedade civil”, diz Adalberto Santos.
Nos dias 01 e 02 de dezembro acontecem as discussões das propostas recolhidas nos 315 encontros municipais, 26 territoriais e quase 20 setoriais, além das Conferências Livres, realizados na capital baiana e no interior. Além do Centro de Cultura, os debates também vão ocorrer no Instituto de Educação Euclides Dantas.
A programação da IV Conferência Estadual de Cultura contempla, ainda, uma extensa programação cultural que inclui shows em praça pública. No dia 01 de dezembro, a partir das 20h, na Praça Barão do Rio Branco, acontecem apresentações do Balé Jovem de Salvador e do Balé Folclórico da Bahia. No dia 02 de dezembro, às 21h, na mesma praça, tem show do cantor e compositor Zeca Baleiro.
Quem quiser poderá acompanhar toda as discussões através do Blog da Conferência culturabahia.com, um espaço próprio criado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult) com todas as informações do encontro.
Expectativa
Em toda Bahia, a expectativa é grande para o início da conferência. “Todos esperamos colher frutos positivos, principalmente ver as áreas da cultura organizadas”, afirma João Omar, representante do território de Vitória da Conquista. “Minha luta é pela capacitação dos agentes de cultura. Vou defender essa ideia para todo o Estado porque sei que não é um problema só do Extremo Sul”, diz Lucas Nicácio Nascimento, músico da região de Porto Seguro, delegado da sociedade civil.
A Conferência Estadual é o momento em que as várias regiões se manifestam sobre suas demandas. “Sou professora de arte-educação em Ilhéus, e vou levar para Conquista a realidade de quem trabalha com projeto social, praticamente no voluntariado, sem apoio de ninguém. Espero encontrar outras pessoas em Conquista que queiram discutir maneiras de manter a regularidade desse tipo de atividade, que é um complemento importante à sala de aula para muita gente”, diz Jocelia Kaffer, eleita delegada da sociedade civil no Litoral Sul.
E os jovens também já demonstram interesse em participar das discussões e de serem ouvidos. “Estou delegado suplente, quem sabe não irei para Conquista como titular! Mas quero ir de qualquer jeito. Minha expectativa é que isso traga um conhecimento novo para mim. Eu gosto porque sempre tem pessoas críticas que sabem conversar e também sabem manter a qualidade da discussão”, diz Elismar Costa Barbosa, o mais novo entre os delegados suplentes, com apenas 14 anos, de Gandu (Baixo Sul).
Propostas da etapa territorial
Os participantes da IV Conferência Estadual de Cultura irão analisar, comparar e discutir as propostas resultantes das conferências territoriais de cultura. Ao todo foram 26 encontros da etapa territorial, realizada em setembro e outubro. Nas conferências territoriais, os participantes se dividiram em seis grupos de trabalho. Cada um elaborou uma proposta para ser levada à discussão no âmbito estadual, referente a cada eixo temático: expressões artísticas, patrimônio e memória, pensamento e leitura, transversalidade da cultura, gestão da cultura e redes produtivas e serviços criativos.
Em uma análise do conjunto de ideias, é possível perceber demandas comuns que, pela repetição em territórios distantes e heterogêneos, ganharão voz ampliada em Conquista. Um exemplo forte vem do eixo de expressões artísticas: a necessidade de formação e qualificação dos profissionais da área. No território da Bacia do Jacuípe, essa damanda ganhou até nome, “Efopart – Escola de Formação Profissionalizante de Artistas”.
O mesmo tipo de demanda aparece em outros eixos, como gestão da cultura e redes criativas, que propõem cursos de capacitação e formação de gestores culturais, com objetivo de promover profissionalização, trabalho em rede e acesso a financiamentos.
Embora tenha ganhado títulos e nuances diferentes, outra proposta comum é do eixo de pensamento e leitura: a criação de um festival ou feira literária estadual, que poderia ser itinerante. As ideias da instalação de centros de referência territoriais e da realização de mapeamentos dos bens culturais de cada território também vão ser levadas em peso para Conquista, pelo eixo de patrimônio e memória.
Mas também houve propostas originais e únicas, como a inclusão da cultura como disciplina do currículo escolar regular (do Baixo Sul), a criação do cargo de agente de cultura (do Vale do Jiquiriçá) e a territorialização da TV pública da Bahia (Bacia do Jacuípe), por exemplo.
Caberá aos participantes negociarem entre si para decidir quais dessas propostas entrarão no documento final da IV CEC. O documento subsidiará o Plano Estadual de Cultura, que definirá as políticas de cultura a serem aplicadas nos próximo dez anos. Na discussão, também entrarão as propostas oriundas da etapa setorial.
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