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Saúde: Uso de alisantes de cabelo exige uma série de cuidados

A Tarde
A cantora Juliana Ribeiro prefere produtos naturais e cachos
Por apresentar desvio de qualidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o território nacional, de um lote do produto Creme Alisante Nazca, fabricado pela empresa Nazca Cosméticos Indústria e Comércio Ltda, de São Bernardo do Campo (SP). Com isso, acende-se o alerta sobre os riscos dos alisantes à saúde, além da necessidade de buscar informações sobre a qualidade das marcas existentes no mercado.
Segundo a empresa, houve problemas durante a fabricação do produto. “Todos os compradores do lote 909743 serão ressarcidos. A empresa garante que estudos e testes estão sendo feitos para que o fato não reincida”, afirma o fabricante em nota. A questão é que escovas marroquinas, japonesas, francesas têm feito a cabeça de boa parte das mulheres que não abrem mão dos fios lisos. Mas há algumas substâncias químicas que fazem mal à saúde, como o formol e o glutaraldeído.
“São substâncias proibidas pela Anvisa e que têm sido usadas em alisamentos. Ambos podem causar leucemia e outras doenças, além de danos a longo prazo para os fios”, avisa a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Maisa Pamonet.
Formol - O formol é utilizado, entre outras funções, para conservar cadáveres e durante o alisamento, a substância é inserida para garantir um fio liso por mais tempo. Já o glutaraldeído pode ser usado para esterilizar produtos hospitalares e também vem sendo usado para alisar as madeixas.
De acordo com a dermatologista, os produtos com o tioglicolato de amônia são os mais indicados. Entretanto, para aquelas que não gostam ou já se cansaram da química, o mercado já dispõe de produtos com efeitos menos danosos, a exemplo dos relaxamentos naturais.
“Uso produtos como a semente de uva que é uma forma de relaxamento mais natural, mas não aliso”, diz o cabeleireiro Deo Carvalho, o senhor dos cachinhos de personalidades como a cantora Juliana Ribeiro, que garante não se render à ditadura do liso. “Usei permanente, o que causava o famoso corte químico. O cabelo curto no meio e longo em outras áreas. Hoje convivo muito bem com meus cachos”, comenta a cantora.

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