Primeira parcela do 13º aquece vendas de Natal em toda a Bahia

A Tarde

Shopping Conquista Sul, em Vitória da Conquista: empresas investem pesado em decoração natalina para atrairem clientes

Para 4,3 milhões de baianos aquele clima característico de final de ano fica mais intenso nesta quarta, 30 – último dia para o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos trabalhadores do mercado formal e dos aposentados e pensionistas. A estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é de que o benefício trabalhista injete na economia estadual mais de R$ 4,9 bilhões. E para muita gente os recursos extras já têm destino definido: o consumo.
O volume de recursos que chegará aos bolsos dos trabalhadores baianos corresponde a 4,17% do total pago no Brasil e a 27,78% do que circulará na região Nordeste do país, estima o Dieese. Em média, é como se cada trabalhador baiano recebesse R$ 1.075,83 até o final do mês de dezembro.
E para a alegria dos comerciantes da Bahia e outros estados do Nordeste, os consumidores da região despontam com uma expectativa de gastos superior à média nacional. De acordo com a “Pesquisa de Natal 2011- Intenções e expectativas do consumidor brasileiro”, realizada pela Deloitte com 1068 consumidores durante o mês de outubro, 34% dos consumidores nordestinos pretendem gastar mais este ano durante o Natal. A expectativa supera em seis pontos a média nacional, de 28% dos consumidores entrevistados.
“O recebimento da primeira parcela do 13º vai irrigar a economia”, diz o presidente do Sindicato do Comercio Varejista da Bahia (Sindilojas-Ba), Paulo Motta. Animado, ele acredita em um crescimento de 5%, nas vendas na comparação com o Natal do ano passado. “Esse é o período inicial dos que querem começar a realizar as compras de final de ano”, diz.
O carteiro Francisco José Silva, 47 anos, foi às compras com um dupla motivação. Além do 13º, vêm aí as férias. Adepto de uma visão religiosa do Natal, não pretende gastar com festas, para a alegria da esposa e das duas filhas. “Estou usando o que eu vou ganhar para investir em nossa casa”, diz. E haja investimentos. É mobília para a sala, pisos e armário para a cozinha. “Me programei para compra tudo à vista”, disse.