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Com a greve, transporte clandestino é liberado em Salvador


Folha Online
Agerba informou que suspendeu a fiscalização deste tipo de transporte na capital.
Não há ônibus em circulação nas ruas de Salvador, e a terceira cidade mais populosa do Brasil vive uma quarta-feira de caos. Deflagrada à 0h de hoje, a greve também atinge a ligação da capital com municípios da região metropolitana. A Folha percorreu os principais terminais de ônibus da capital, que estavam vazios em um horário em que normalmente haveria grande fluxo.
A Justiça havia determinado que 40% da frota fosse mantida em circulação, 60% nos horários de pico, mas isso não aconteceu. Em um dos maiores pontos de ônibus da avenida Antônio Carlos Magalhães, na região do shopping Iguatemi, passageiros aguardavam inutilmente a chegada de ônibus e tiveram de improvisar para chegar ao trabalho. Poucos micro-ônibus do transporte complementar circularam hoje.
O transporte clandestino passou a atender uma parte da demanda dos ônibus. Perueiros e moto-taxistas passaram a transportar as pessoas. Táxis e carros particulares, convertidos em lotação, abordavam as pessoas nos pontos. ”Peguei uma Topic (perua) e paguei R$ 3 para chegar aqui, estava completamente cheia. Não teve jeito, hoje vou ter de sair mais cedo”, contou a cozinheira de restaurante Edna dos Santos.
Em entrevistas a rádios e TVs locais, dirigentes dos sindicato dos rodoviários se isentaram de responsabilidade da paralisação da frota na manhã de hoje, afirmando que os motoristas foram orientados a cumprir a decisão judicial, mas que o sindicato não pode obrigá-los a ir ao trabalho. Os rodoviários entraram em greve para obter o reajuste salarial e a volta da gratificação do quinquênio, que representariam juntos aumento de 14%. As empresas rejeitaram a reivindicação.

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