PARA O VEREADOR JOAQUIM CAIRES, A OPÇÃO DE IVAN FOI “SUBJETIVA, PESSOAL E DEMOCRÁTICA”

Vereador Joaquim Caires, líder do prefeito Luiz Amaral na Câmara de Vereadores. Foto: Gicult
Vereador Joaquim Caires, líder do prefeito Luiz Amaral na Câmara de Vereadores. Foto: Gicult



De acordo com a população de Jequié, estimada em aproximadamente 140 mil habitantes, o município tem direito a ter 12 vereador, de acordo com a Legislação Eleitoral vigente. A formação da maioria pelo governo ou pela oposição é um grande desafio, principalmente porque o presidente da Câmara não vota, a não ser em caso de empate. Desde o inicio desta Legislatura, o prefeito Luiz Amaral tinha oficialmente 7 vereadores lhe dando sustentação política, apesar de já ter perdido votações importantes. Como o vereador Ivan do Leite (PHS), oficializou a saída da base governista na semana passada, a oposição ficou ainda mais fortalecida, já que as duas partes têm a mesma quantidade de parlamentares. Para falar sobre esta nova realidade, o GICULT entrevistou o vereador Joaquim Caires (PMDB), líder do governo na Casa.

GICULT: Como você vê este novo contexto no qual o prefeito Luiz Amaral perdeu um vereador e a agora ficou sem a maioria na Câmara Municipal?

JOAQUIM CAIRES: Ivan do Leite fez um ofício ao presidente da Câmara dizendo que oficialmente não estaria mais na base de sustentação do governo municipal, passaria para o bloco da oposição. Isto é democrático, é normal. Ele preferiu agir desta forma. A gente não pode dizer que ele está certo ou está errado. É questão democrática. O edil optou por isto e a gente tem que aceitar. O vereador Ivan do Leite vai participar do bloco de oposição e em razão disto deverá haver mudanças na composição das comissões internas do parlamento. Agora o governo tem seis representantes e a oposição tem a mesma quantidade. Efetivamente a gente vê um quadro se delineando desta forma. A questão desta opção do vereador é altamente subjetiva, pessoal e democrática. O parlamento é democrático e a pessoa age da forma que bem entende.

GICULT: O sr. é o líder do governo na Casa e o conhece as demandas e encaminhamentos das questões por parte da administração municipal. Ivan disse que estava deixando a base por que o governo não atendia suas reivindicações e também das comunidades que ele representa. O vereador tem razão?

JOAQUIM CAIRES: É uma questão de foro íntimo. Ele não chegou a apresentar em seu ofício os motivos para sair do bloco que dá sustentação ao governo municipal. Ele chegou e apresentou o documento ao presidente da Casa dizendo que a partir daquele momento não mais faria parte do grupo governista. Agente avalia como uma opção democrática a escolha que ele fez.

GICULT: No momento, o governo busca ampliar sua base para garantir a aprovação de seus projetos, orçamento e também a aprovação das contas do prefeito. A saída do vereador é um duro golpe no governo municipal?

JOAQUIM CAIRES: Não vejo. Quanto às Contas, elas deverão ser apreciadas e votadas no momento oportuno. Cada vereador deverá saber se deve votar favorável ou contra, vai depender se existe irregularidade. Vejo de forma natural. A gente sabe até hoje as contas do governo do estado não foram submetidas à votação. Como se encontra o prefeito de Salvador que também está sub judice. A questão de Tribunal de Contas é uma questão que todo mundo já sabe como é. Há uma questão muito política nesta esfera e a gente aguarda o que realmente vai dar. fonte (gicult.com.br)

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