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Sem motorista, Samu recomenda táxi a gestante e bebê morre em Maceió


Terra
Bombeiros chegaram ao local do atendimento 3 horas após o primeiro chamado, por ordem da Polícia Militar. Mas já era tarde demais.
Samu 192 de Alagoas vive seus piores dias
Sem motorista para atender uma gestante, o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) recomendou que ela pegasse um táxi em direção à maternidade. Levada pelos bombeiros e por policiais militares que receberam um chamado à unidade de saúde Paulo Netto, no Centro de Maceió, Jardilane Maria do Carmo, 19 anos, grávida do terceiro filho, viu o bebê de 32 semanas morrer a caminho do hospital.
O caso foi registrado na madrugada desta sexta-feira e o Samu admitiu a falha. “O incidente aconteceu por causa do crescimento da cidade. Foi caso isolado”, disse o diretor, Carlos Adriano Silva dos Santos, que afirmou ainda que a capital alagoana possui sete unidades, número por pessoas maior do que o recomendado. De acordo com ele, a recomendação dos órgão de saúde é de que exista uma viatura móvel para cada 250 mil pessoas. O diretor disse que o caso vai ser apurado através de sindicância.
Entrevistados pela rádio Gazeta, na manhã desta sexta-feira, parentes da gestante disseram que Jardilane ligou às 0h para o Samu, já em trabalho de parto. Na primeira vez, o atendente disse não haver motorista para levar a ambulância. Na segunda, uma atendente recomendou que ela pegasse um táxi. Os bombeiros foram chamados, mas só chegaram à casa da gestante às 3h, após insistentes ligações de policiais militares sensibilizados com o desespero da família que chegaram por volta do mesmo horário ao local, com o parto já em estado adiantado.
Segundo o hospital, a jovem chegou ao hospital com o bebê enrolado em um saco plástico, morto. A mulher passa bem. A direção do Samu confirmou a história e se recusou a divulgar o nome dos atendentes. A PM também confirmou a ajuda e a demora no atendimento.

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