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Incêndio atinge novas regiões do Parque Nacional da Chapada

iBahia
Regiões da Capivara e Serra do Veneno foram atingidas nesta quinta-feira. Na terça-feira, fogo em Campo São João e Capão foram controlados.
Dois novos focos de incêndio atingem a região do Parque Nacional da Chapada, localizado na Chapada Diamantina, na Bahia nesta quinta-feira (29). Brigadistas da região confirmam dois incêndios em locais distintos, um na localidade conhecida como Capivara e outro na área da Serra do Veneno, ambas ficam situadas na área do Parque Nacional, nas proximidades do município de Lençóis.
Tanto na região da Capivara como na Serra do Veneno, o incêndio teve início durante o dia desta quinta. Trinta e cinco brigadistas voluntários estão em cada uma das áreas tentando combater o fogo. Caso eles não consigam, um novo grupo deverá subir a serra na madrugada desta sexta-feira (30) para continuar o trabalho. De acordo com o brigadista do grupo Carcará, Jean Ricarle, nos últimos dois meses 15 focos atingiram a região. Para o coordenador da brigada voltuntária do Capão, Adroaldo Vasconcelos, a economia está por detrás dos focos.
“Os focos sempre possuem um crime ligado à economia. Ou garimpo, ou caça ou até mesmo um desejo de pasto maior para os seus animais. O grande problema é que quando o fogo é combatido, não há uma investigação para saber quem o provocou”, explica o brigadista.
Terça-feira
Na terça-feira um incêndio atingiu o Parque Nacional da Chapada Diamantina, nas localidades conhecidas como Campo São João e Capão, mas já foi controlado. De acordo com o coronel Miguel Filho, membro da equipe do Corpo de Bombeiros que atende a região, o incêndio teve grandes proporções. ”O Parque Nacional possui uma brigada de incêndio, que se responsabiliza pelo local, mas como o fogo se alastrou, os bombeiros foram acionados para dar um suporte. Começamos a atuar, inclusive com o envio de helicóptero. O incêndio já foi de grande proporção”, diz coronel Miguel Filho.
A região da Chapada Diamantina costuma registrar incêndio por conta das altas temperaturas e pelo período de estiagem, mas para o coronel do corpo de bombeiros, este ano as ocorrências foram antecipadas. ”Nessa época não é comum, mas as questões climáticas têm mudado a situação. Geralmente os incêndios são registrados a partir de setembro até o fim do ano. Em 2012 não tivemos tempo de nos programar e estabelecer ações”, pontua o coronel.
O representante do corpo de bombeiros também destaca que o tipo de vegetação dificulta a ação da equipe. “Há uma vegetação que se acumula entre as rochas e que precisa que a folhagem seja retirada quando pega fogo, tem que encharcar de água. Muitas vezes a gente pensa que apagou, mas permanece nas fendas e quando a rocha esquenta o fogo reacende”, conta.

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