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Integrantes da banda Fantasmão negam assédio a camareira em hotel de Aracaju


G1
Camareira acusa dançarinos do ‘Fantasmão’ de assédio sexual. Segundo a vítima, ela foi surpreendida quando arrumava um dos quartos.
Na tarde desta sexta-feira (10) a assessoria de imprensa da banda Fantasmão se pronunciou e negou mais uma vez sobre o suposto assédio sexual ocorrido no sábado (4) por dois dançarinos da banda contra uma camareira do hotel que a banda se hospedou para fazer um show no Swinga Aracaju, na capital sergipana.
“Os dançarinos acusados afirmam que tudo não passou de um diálogo com a porta aberta, onde eles solicitaram que o quarto que eles estavam hospedados fosse arrumado. E no momento, a camareira informou que não poderia realizar tal serviço sem o consentimento da recepção. Mais uma vez, os dois dançarinos deixam claro que em tempo algum houve atos de abuso sexual, contato físico e nem tão pouco diálogo malicioso, conforme relatado pela funcionária”, disse a nota.
A denúncia
Uma camareira que trabalha em um hotel localizado na Orla de Atalaia, na Zona Sul de Aracaju (SE), denunciou dois dançarinos da banda de pagode ‘Fantasmão’, da Bahia, por assédio sexual. De acordo com Luci Bernardo, de 29 anos, que trabalha há três meses no hotel, ela estava terminando de arrumar o quarto de um hóspede e foi chamada pelos dois dançarinos que pediram que ela fosse arrumar o quarto deles.
“Isso ocorreu por volta das 15h e expliquei a eles que já havia deixado tudo organizado, mas mesmo assim, eles insistiram. Foi então que disse que falaria com a administração, pois não poderia fazer o que estavam me pedindo. Neste momento, eles apagaram as luzes e quando me virei percebi que eles haviam abaixado as bermudas. Fiquei desesperada, pois eles vieram em minha direção”, disse.

Ainda de acordo com a vítima, como ameaçou gritar os jovens saíram correndo e a deixaram trancada no quarto. “Liguei para a recepção e disse o que havia acontecido”, relatou. A camareira também acionou a polícia e registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Turismo localizada na Orla de Atalaia.
“Estou traumatizada com tudo o que aconteceu. Além disso, fiquei muito envergonhada com o episódio, pois sou casada, tenho filhos, e mesmo que não fosse comprometida, eles não teriam o direito de fazer isso. Espero que sejam punidos para que sirvam de exemplo”, afirmou.
O empresário da banda, Franco Daniele, conversou por telefone com a reportagem e informou que nunca teve problemas envolvendo os integrantes neste sentido. “Um deles está conosco há três anos e o outro há um ano e nunca apresentaram nenhum tipo de problema comportamental. Ao contrário, todos os que integram a banda são orientados sobre o tratamento aos fãs e qualquer envolvimento com o público é proibido. Temos regras que devem e são cumpridas por todos”, disse.
Ainda segundo Franco, ele conversou com os dançarinos que disseram não ter qualquer envolvimento com o episódio. “Nós passamos o dia no hotel nos preparando para o show, e eles informaram que a camareira e outra funcionária estavam ‘mexendo’ com eles e também com outros hóspedes quando estavam na piscina. Porém, eles estão acostumados com o assédio das fãs que é grande por todos os lugares por onde passamos e não expressaram nenhum tipo de comentário”.
Sobre o fato de terem ido até o quarto onde a camareira estava, os dançarinos negaram. “Eles disseram que essa informação não procede. Fiquei no hotel até segunda-feira (06) e pedi para conversar com a funcionária, questionei se os jovens haviam ou não cometido o abuso, tentado agarrá-la, mas ela disse que não, que eles não tentaram nada. Já que não houve abuso, perguntei como ela gostaria de resolver a questão, já que por algum motivo havia se sentido ofendida pelos rapazes. Ela afirmou que iria procurar pelos seus direitos e concordei, dizendo que fosse mesmo em busca para que tudo seja apurado pelos órgãos cabíveis”, afirmou.
“Enquanto empresário quero que tudo seja esclarecido. Atendendo a um pedido dos dançarinos, solicito que caso haja alguma imagem feita pelas câmeras ou até mesmo por um hóspede, que elas sejam divulgadas, pois assim poderemos provar que eles não cometeram nenhum crime. E caso contrário, se de fato tiverem feito alguma coisa, que sejam punidos, pois desejamos que seja feita justiça”, enfatizou Franco.
Segundo o empresário da banda, os dançarinos irão registrar queixa contra a funcionária. “Eles irão processá-la por calúnia, difamação e danos morais, já que tiveram sua imagem prejudicada com o episódio. “Temos um show para realizar nesta sexta-feira (10) e eles estão muito abalados psicologicamente com tudo isso. Há muita gente ligando para saber o que de fato aconteceu e se as denúncias são verdadeiras. “Por causa disso, pediram para se afastar e não devem participar da apresentação desta noite”.

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